Praia do Futuro: um lugar de disputa
- Periscópio
- 7 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
por Ana Cajado, Erison Vinícius e Kimilly Fernandes

O local é considerado como uma das principais praias de Fortaleza, que oferece balneabilidade e serviços especializados de lazer. Dentre eles destacam-se as barracas de praia, grandes atrativos turísticos que movimentam a economia cearense. Contudo, há 14 anos as barracas são alvo de ação judicial que pede a sua retirada.
De longe, as ondas que vêm da Praia do Futuro já despontam no fim da avenida que leva à Avenida Zezé Diogo. O azul do mar já é atrativo por si só, mas os ambulantes que lá trabalham, garantem: sem as barracas de praia, alvos de ação judicial desde 2005 visando sua retirada, a praia estaria muito diferente do que é hoje - lotada de turistas de todos os lugares do mundo, além dos próprios fortalezenses.
São apenas sete quilômetros de orla, dos 32 de extensão do litoral de Fortaleza, uma área que tem recebido atenção por ser zona de litígio. Desde dezembro de 2005 o Ministério Público Federal (MPF) e a Superintendência Patrimonial da União (SPU) pedem a retirada das barracas por considerar que elas estão alocadas em um espaço que é de uso público, a faixa de areia.
Em 2013, o Tribunal Federal da 5ª Região (TRF5) decidiu manter as barracas na orla, com a ressalva da importância de empregos gerados no local. Diante da decisão, em abril de 2017, a União faz nova investida e determina a retirada das barracas que atuam de forma irregular - sem o cadastro no Patrimônio da União - ao mesmo tempo em que estabeleceu o prazo até abril de 2019 para o restante das barracas se adequarem ao tamanho delimitado em seu cadastro, visto que grande parte delas tomou dimensões gigantescas sem autorização.
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